sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009


À beira do abismo!


Pescadores em falésia, entre Monte Clérigo e Amoreira.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Olh'ó parque de estacionamento subterrâneo!

- Onde é que deixaste o carro?
- No parque subterrâneo. Ali entre a boga e a liça! Espero é que não se vão embora, porque depois não o encontro!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Helicóptero, por Leonardo Da Vinci
Século XV


Talent hits a target no one else can hit;
Genius hits a target no one else can see.
- Arthur Schopenhauer

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Praia da Amoreira - Aljezur, a "rocha do homem".

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Eis a Rua da Barroca, antes da construção da Avenida dos Descobrimentos, inaugurada em 1960!

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser muda-se a confiança, todo o mundo é composto de mudança”, já o dizia Camões há quase quinhentos anos, o mundo está em permanente mudança, as pessoas, as paisagens, as sociedades, a transformação é uma constante. E a nossa bela cidade não constitui excepção, aliás vive um momento de profunda mutação, sendo a emblemática Avenida dos Descobrimentos o paradigma do quanto a paisagem de uma cidade pode mudar por acção do homem, “roubando” terra ao mar, melhor dizendo, à Ribeira de Bensafrim, surgiu nos anos 40 a Avenida da Guiné e no início da década de 60 foi inaugurada esta bela marginal que brevemente entrará num novo capítulo da sua história.

Outro elemento que durante décadas marcou, de forma indelével, a história de Lagos foi a outrora pujante industria. Praticamente todas as pessoas de Lagos que conheço estiveram, elas próprias ou familiares muito próximos, de alguma forma ligadas às várias fábricas que aqui existiam e que eram a principais empregadoras do concelho, à semelhança do que se passava por todo o Algarve. Muitas contam como se lembram de os avós, os pais ou elas próprias iam trabalhar para a fábrica, percorrendo quilómetros a pé até à cidade, muitas vezes com os filhos ainda bebés que ficavam na cresce da fábrica, quando havia, as lutas pelos seus direitos, homens e mulheres que bateram o pé por um trabalho com dignidade, é que se o trabalho abundava, a sua dureza era ainda maior. Hoje quase não há rasto delas, consumidas pela ruína quando foram trocadas pela actividade turística. No seu lugar estão surgindo luxuosas urbanizações (pelo menos o preço é!) que na maior parte das vezes não evocam o que lá existiu antes. Quem saberá dizer onde estiveram as fábricas da cortiça, das conservas, do tijolo? Quem é o recém-chegado a Lagos que diz ter existido uma fábrica de cortiça onde agora nasce o tão aguardado Edifício dos Serviços Municipais?

Não acho que se deva impedir o progresso, nem viver em permanente nostalgia, se nos limitássemos ao que sempre fomos ainda viveríamos em cavernas, mas é fundamental preservar a memória, porque é a nossa história que nos individualiza, da mesma forma que as nossas experiências pessoais moldam a nossa personalidade e nos tornam indivíduos únicos, são os acontecimentos que marcam a nossa história que moldam nossa sociedade e nos mostram como chegámos até aqui, apagá-la é eliminar essa memória colectiva.